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Grupo de estudos: “Não Vão Nos Matar Agora”, Jota Mombaça (3ª Parte)

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Ontem (09/10), nosso grupo leu a parte final de Não Vão Nos Matar Agora, de Jota Mombaça.

Apresentados pelo bolsista Samuel Cotta, os últimos ensaios do livro conectam uma escrita performática à ficção especulativa, à reflexão sobre artistas negras e à criação de formas de fuga diante das violências do tempo presente.

Cada capítulo dialoga entre si numa narrativa não-linear, onde a memória demonstra a angústia da autora, que faz do pessimismo vivo combustível para imaginar o amanhã das existências não normativas na distopia brasilis

Em certos momentos, Jota parece antever como seria a vida (sobretudo de pessoas trans, pretas, indígenas) nas ruínas do Brasil pós-ascensão do populismo bolsonarista. Para isso, fabula cenários tão caóticos quanto a realidade social, fortemente marcada por violência e pânico moral do “CIStema”. 

Mombaça ultrapassa a representação da brutalidade ao encontrar nas criações de mulheres negras multiartistas um plano para habitar a catastrófe; uma experiência estética que vai muito além dos limites temporais, nos quais cita: o espetáculo de dança de Ana Pi NOIRBlue, a ficção científica A Parábola do Semeador, de Octavia Butler, e os trabalhos repletos de afetos de Castiel Vitorino Brasileiro. 

Essa leitura contribuiu ainda mais para as discussões levantadas no início do semestre. Pensar como a memória pode levantar discussões raciais de maneira afetiva, criativa e transgressora foi fundamental nas pesquisas do nosso grupo! 

Gostou desta resenha? Voltamos com mais encontros em breve. 

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